A verticalização urbana e o processo de crescimento das cidades brasileiras. Entenda esse fenômeno
O planejamento das cidades é uma ação de política pública que afeta a mobilidade e qualidade de vida das pessoas. Independentemente de estar procurando imóveis em São Paulo ou em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, você precisa avaliar aspectos como localização, locomoção e comodidade.
E o que isso tem a ver com a verticalização urbana? A verticalização é um fenômeno que vem acontecendo no mundo desde o século XIX e impacta diretamente a rotina das pessoas, inclusive a sua.
O que é o fenômeno da verticalização urbana?
Como o próprio nome sugere, o termo “verticalização” é utilizado para se referir ao crescimento vertical das cidades. Ou seja, a construção de prédios comerciais e residenciais em vez de casas e edifícios baixos.
Para que a verticalização seja benéfica para as pessoas, ela deve ser planejada e estruturada por urbanistas e arquitetos, considerando a infraestrutura do entorno e capacidade de atender as demandas dos moradores e frequentadores das áreas.
Como a verticalização urbana acontece no Brasil?
O Brasil começou a experimentar o fenômeno da verticalização de uma maneira mais significativa na década de 1990. O desenvolvimento de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro impulsionou a construção de inúmeros prédios.
A partir daí, a grande concentração de população em cidades maiores, fez com que o movimento se expandisse para outras cidades brasileiras.
Hoje, a verticalização é uma realidade até nas cidades menores, mas que vivem um processo de expansão.
Com a facilitação do acesso a financiamentos para aquisição da casa própria e os incentivos governamentais nesse sentido, a construção de prédios no país segue um fluxo crescente e intenso.
A verticalização urbana é um problema?
Não existe consenso entre os especialistas no assunto. Enquanto alguns defendem a verticalização como um movimento de prosperidade de uma região, outros apontam para desvantagens como a descaracterização das cidades e o favorecimento de problemas como a falta de mobilidade.
No entanto, quando o assunto é planejamento urbano, a verticalização precisa entrar em pauta. A construção de prédios cada vez mais altos é um caminho que vem sendo percorrido tanto no Brasil como em outros países do mundo.
É um fenômeno global atrelado à urbanização: com o aumento das populações nas grandes cidades, cresce a demanda por moradia e, consequentemente, a construção de prédios. Não há como fugir dele, porém, é possível trabalhar para que ele traga mais benefícios do que malefícios.
Para que a verticalização contemple as necessidades de uma população é necessário que ela acomode as pessoas em suas moradias, respondendo não só as demandas de espaço, mas também de infraestrutura.
Isso significa que não adianta ter um espaço adequado para morar, se não houver um espaço para estacionamento, transporte público de qualidade, supermercado e farmácia próximos da casa, entre outros.
Tornar tudo isso possível depende de um planejamento urbano, incluindo: infraestrutura adequada para transportes de massa, incentivo à implementação de atividades que possibilitem à população, morar, trabalhar e realizar atividades de lazer próximas de casa, adequação das vias de pedestres, criação de ciclovias, entre outros.
O que considerar antes de escolher um imóvel?
Como você viu, a verticalização é uma realidade no Brasil e no mundo, e a perspectiva é que cada vez mais, os prédios façam parte da vista da janela de nossa casa e trabalho.
Entender o que é esse fenômeno e como ele pode impactar a sua rotina é um passo importante na hora de escolher um imóvel para morar. Antes de comprar uma casa ou apartamento, o consumidor precisa analisar alguns aspectos relacionados à mobilidade e bem-estar.
Ao visitar um imóvel avalie a localização, a proximidade e facilidade de acesso a serviços básicos como mercado e farmácia, a distância em relação às escolhas e ao seu trabalho, a existência de transporte público e o trânsito na região, especialmente em horário de maior movimento.
Todas essas questões vão impactar no seu dia a dia, no tempo de locomoção até o trabalho e escola e, consequentemente, na qualidade de vida de toda a família.